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Eu queria encontrar aqui ainda a terra

Foto: Armando Neves

Gostaria de dizer algo sobre a recente apresentação da peça "Eu queria encontrar aqui ainda a terra" no Teatro Municipal da Guarda. O comentário pode ser acusado de parcialidade, é certo. Porém, antes de o escrever, coloquei-me sinceramente na pele do espectador comum, tentando pôr de parte o envolvimento directo. Começando pela encenação de Luciano Amarelo, revelou um brilhantismo, um rigor e um fino entendimento do texto que não me surpreendeu de todo. Pois já conhecia trabalhos anteriores seus. A interpretação de Paulo Calatré e Pedro Frias foi superlativa. A música de César Prata é que foi uma agradável surpresa, para quem se habituou a ouvi-lo no âmbito da música tradicional. Se no palco nada há apontar, excepto algumas deficiências do desenho de luz na estreia, corrigidas nas sessões seguintes, outro tanto não se pode dizer do silêncio que se seguiu ao espectáculo. Apesar da enorme afluência de público verificada. E isto tratando-se de uma obra apresentada a pensar especialmente na memória da cidade, embora não só, à luz dos universos de Vergílio Ferreira e Eduardo Lourenço. Um acontecimento que, em muitos outros lugares, seria encarado como uma celebração exemplar, um cartão de visita condigno, foi praticamente (salvo honrosas excepções, é claro) remetido ao limbo da indiferença. Ficou porém a confirmação de uma aposta ganha: o Projec~, a estrutura teatral do TMG. Sobre esse ponto, convido à leitura do que Américo Rodrigues escreve no "Café Mondego".

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