sábado, 26 de abril de 2008

TMG, três anos


O Teatro Municipal da Guarda acabou ontem de cumprir três anos de existência. Para esta longevidade, contribuiu um cúmulo de factores: a tenacidade, a vontade política, a reunião de meios, a arquitectura, o trabalho, a ambição, uma gestão cuidada e reivindicativa, entre outros. E um nome por trás de cada um deles: Américo Rodrigues. Todos tornaram possível que uma utopia se tornasse realidade. Que um local de cultura se tenha afirmado, definitivamente, como um sinal distintivo da cidade e região. Parabéns.

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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Jornalismo de sarjeta

Conhecem-se os expedientes utilizados pela maioria da imprensa para forçar o sangue, o suor e a lágrima. Nem falo, sequer, daquela a que se convencionou chamar de sensacionalista. Essa já nada esconde, seja o resultado, sejam os artifícios. Não! Refiro-me a um nicho particular, com alguma expressão no nosso país: a imprensa local. E dentro desta categoria, àquela que, quase sempre, concilia o proverbial paroquialismo e o recurso aos métodos da pura propaganda. Soube hoje de uma situação que ilustra perfeitamente esta tese. Em conversa informal, um colega de profissão comentou um caso em que tinha intervindo, relativo a uma rixa entre vários estudantes do secundário, num estabelecimento nocturno da Guarda. Que incluía queixas cruzadas e vários pedidos de indemnização. Uma vez que os envolvidos provinham de uma faixa social, digamos, "importante", o caso adquiriu alguma notoriedade mediática. De tal forma que, segundo me informou, foi contactado insistentemente por um jornal local - se insistirem muito, digo o nome - para um pequeno depoimento sobre, imaginem, a violência nas escolas. Exactamente. Não acreditam? Pois é mesmo verdade.

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sábado, 19 de abril de 2008

Imagens da Guarda

Praça Velha, by night (with cars, but without manilhas)

Praça Velha, by day (without manilhas and cars)

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quinta-feira, 17 de abril de 2008

A cidade e as serras

Lembram-se ainda da figura do coleccionador? Esse mesmo, um tipo meta-humano que prospera na blogosfera. E cujas carências básicas ao nível cultural se escondem atrás de um vertiginoso up to date de informação acessória. Já recomendava Eugénio de Andrade: não colecciones dejectos / o teu destino és tu. Ele lá sabia porquê. Entretanto, abriu mais uma loja FNAC em Viseu. Este tipo de estabelecimentos, juntamente com os índices dos livros, a literatura promocional que acompanha os Cds, os DVDs, os recortes noticiosos e o Wikipédia, é o habitat natural do coleccionador. Mas nada de confusões. Claro que o panorama da oferta de bens de consumo na área da cultura, em Portugal, se pode dividir entre o pré e o pós FNAC! Claro que, depois da Fnac, nada voltou a ser como era. Claro que as vantagens para o público são inúmeras. Especialmente em localidades onde nem sequer há uma livraria ou uma loja de venda de audiovisuais dignas desse nome! Mas não é disso que aqui se trata. Quando vou a uma FNAC - tenho uma predilecção pela loja do Fórum de Almada, a mais cuidada e diversificada, em termos de oferta, na área da Grande Lisboa - levo sempre na cabeça uma lista de aquisições pré-definida. Deixando uma margem de 1/3 para os amores imprevistos, à primeira vista. Os coleccionadores, pelo contrário, vejo-os em êxtase contínuo, zombies capazes de um orgasmo múltiplo a qualquer momento...
Voltando ao tema, recebi um email anunciando a abertura da tal loja no Palácio do Gelo, em Viseu. Sobra porém uma outra questão, esta talvez mais séria. O cabeçalho do email diz: a FNAC chegou a Viseu. Como se dissesse: foi inaugurado mais um troço da estrada que levará a civilização até ao interior recôndito e arcaico. Como se assim fosse debelado, por momentos, o síndrome da altitude de que o desenvolvimento padece neste país. E de que a organização aparece como lídima mensageira. Ora, a Fnac é uma empresa privada. Poder-lhe-á ser censurado o facto de só abrir lojas onde há população e poder de compra que o justifique? É claro que não. Mas se a cadeia fosse realmente tão ambiciosa como quer dar a entender, não poria nunca de lado a ideia de abrir uma loja nas capitais de distrito onde elas ainda não existem. Seria um risco calculado e com resultados surpreendentes. Refiro-me não ao habitual formato megastore, mas com uma dimensão mais modesta, semelhante à loja que existe no Centro Comercial Vasco da Gama, em Lisboa: reduzida, oferecendo o indispensável, embora mantendo a diversidade, a acessibilidade e o preço. E o Estado, e as autarquias, podiam ter algum papel neste processo? É claro que sim. Negociando contrapartidas sensatas e exequíveis. Até já.

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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Imagens da Guarda

Zona histórica, vista da Torre de Menagem

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quarta-feira, 9 de abril de 2008

A ver navios

A notícia chegou-me através do Américo Rodrigues: António Piné acaba de doar a sua colecção de arte à Associação Nacional de Farmácias. O espólio, que inclui um desenho de Picasso, é preenchido com obras de artistas plásticos contemporâneos, ligados a várias correntes artísticas do séc. XX. A lista dos autores representados pode ser aqui consultada. Segundo o DN Online, as 44 obras consideradas mais representativas da colecção estarão expostas na sede daquela instituição, a partir de dia 11. Que, para quem não sabe, se situa num local de eleição: as portas de Santa Catarina, em frente do jardim com o mesmo nome, à Bica. A colecção, avaliada para efeitos de seguro em 3 milhões de euros, havia sido prometida a Pinhel, terra natal de Piné. Por outro lado, este tinha proposto à Câmara da Guarda a aquisição da colecção, a fim de ser exposta em local adequado. Quer num caso quer noutro, segundo o próprio explicou, as negociações chegaram a um impasse, nunca desfeito. Até agora, e pelas piores razões. Embora o desfecho da história se adivinhasse, graças às hesitações da autarquia. A indignação e o desapontamento que sinto é comum a todos os guardenses. E não só. A cidade ficou assim privada de um acervo artístico que, exposto e tratado em local condigno, faria entrar a Guarda no roteiro internacional da arte contemporânea. Como diz o o Director do TMG, seria a cereja no cimo do bolo. Quanto à sua gorada localização, remeto para as sugestões que o mesmo adianta. Acrescentando que o modelo institucional mais apropriado teria sido o da criação de uma fundação que gerisse o conjunto. Em qualquer caso, a comparticipação financeira e técnica do Ministério da Cultura seria indispensável. Desperdiçar esta oportunidade terá um preço muito alto para a Guarda e região e irá certamente hipotecar o seu desenvolvimento. A todos os níveis e não só o referente à criação de uma excepcional mais-valia cultural. Que agora foi esbanjada, sem honra e sem glória.

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Imagens da Guarda

Sé - gárgulas

Sé - gárgulas

Sé - abóbada

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A doce mentira

E se de repente as pessoas começassem a dizer sempre a verdade? Podemos imaginar que seria o caos. Ao nível da comunicação, das regras sociais, das crenças, religiosas ou não, do comércio, da política, das relações amorosas. Seria como desligar os faróis do carro durante a noite, numa estrada à beira da falésia. Assustador.

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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Instantâneos

Avizinha-se uma luta interessante pela liderança das estruturas concelhias do PS e PSD. O interesse reside na significativa subida de qualidade das personalidades envolvidas, relativamente aos fósseis sempre em pé que por lá abundam e que, definitivamente, não passarão à história.

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Jornal Cidade Mais
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