A vil tristeza
Na cidade mais alta do país, não existe um estabelecimento de venda de livros, uma biblioteca pública em funcionamento, um local onde se possa ouvir Jazz à noite. É precisamente numa cidade fria, mais perto das nuvens, que fazem sentido muitos livros, muito tempo solto, algum sobressalto, o desenrolar de um fio dourado que aponte para outras latitudes, outras temperaturas. Conservar o calor não é só um tema fisiológico ou arquitectónico. Vai muito para lá de um ecossistema inteligente. Precisamente porque um ecossistema inteligente precisa de livros. De cumplicidades. Do trompete de Miles Davis pela noite fora.
Não podia estar mais de acordo com este post... É triste não existir na cidade onde se possa passear entre os livros, onde se cheire o papel...
Quanto ao jazz será que o TMG não podia seleccionar um dia da semana para promover concertos de jazz como acontece com outros espaços culturais deste país?
Publicado por antoniocosta | 21 de maio de 2008 às 16:41
Caro António Costa:
Quanto à hipótese dos concertos no TMG,não sou a pessoa apropriada para dar respostas. No entanto, ao longo destes três anos, o Jazz nunca deixou de estar contemplado na programação do Teatro, como poderá verificar, quer nas salas quer no café-concerto.A minha questão é outra. Refere-se à ausência de um espaço nocturno privado onde a música Jazz seja uma presença regular. E bares é coisa que não falta na cidade...
Publicado por António Godinho Gil | 21 de maio de 2008 às 19:55