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Crohnicas da parochia

Há dias, num assomo de naïveté, questionei o facto de nunca ter sido convidado para escrever uma crónica na Rádio Altitude. O que motivou o episódio que na altura descrevi, aí encerrado. Acontece que, precisamente ontem, fui convidado para escrever um artigo no "Corta-Fitas", um dos blogues de maior audiência nacional. Porque será? Não me digam que na Guarda a qualidade dos cronistas é excedentária e num blogue constituído maioritariamente por jornalistas profissionais ela é deficitária! De qualquer modo, numa cidade onde o reconhecimento local do mérito é a excepção, ser cronista acaba por ser uma redundância. E é precisamente por ser uma redundância que existem tantos. Portanto, temos uma situação sui generis: o número de cronistas é inversamente proporcional à existência de matéria local para escrever crónicas. Isto seria divertido se acontecesse na Escandinávia, por exemplo, onde a míngua de notícias significa que as pessoas vivem felizes. Chegado a este ponto, confesso a minha predilecção: antes de pé e cronicável por um dia, pelos melhores motivos, do que de joelhos e croniquente a vida inteira.

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