quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Aí vem mais uma década!

O "Guarda Nocturna" deseja a todos, mas mesmo todos, os seus leitores, amigos, curiosos, visitadores, simples frequentadores, sem esquecer os "nem por isso", o que já adivinharam:
um Ano Novo em grande!

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Às três tabelas

Há dias fui passar um bocado da tarde a um conhecido salão de jogos da Guarda. O propósito era claro: tentar exercitar, chamando-a de mansinho, a perícia de outras épocas no chamado bilhar livre. Pode-se dizer que a rondei com êxito. E percebi até onde pode chegar a persistência de uma verdadeira aprendizagem. Sobretudo quando se trata de uma técnica, de uma gestão adequada de procedimentos, com vista a um resultado preciso. Aquela imagem da bicicleta serve perfeitamente. Uma vez que se aprende, nunca mais se esquece. Durante esse tempo, de taco na mão, cruzei-me com várias pessoas que já não via há muito e cuja saudação efusiva foi recíproca. Gente normal, com gestos amplos, sem tiques. Sem o enfatuamento de outros universos que periodicamente frequento...

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Glacial

Hoje a Guarda parecia uma gigantesca pista de patinagem, com um tapete de gelo a cobrir tudo. Vieram-me à memória certos quadros do Brueghel. Num dia destes, nada pode ser levado totalmente a sério. A não ser os acidentes.

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sábado, 12 de dezembro de 2009

Festival "Olhares sobre o Mundo Rural"

Promovido pelo Cineclube da Guarda, este ano em parceria com a Associação Luzlinar (Feital, Trancoso), este certame tem como tema, na sua quarta edição, “Fronteira e Memória”. Irá realizar-se no Teatro do Convento, em Trancoso, um edifício quinhentista recentemente remodelado para albergar eventos culturais. Esta edição conta, na sua programação, com o precioso apoio do realizador Pedro Sena Nunes, de quem vão ser apresentados dois filmes, um deles, “Tourada”, pela primeira vez. Destaque também para a exibição de “Cordão Verde”, de Hiroatsu Suzuki, recém nomeado para o Festival de Locarno, na secção “Ici et Ailleurs”. Pretende-se, mais uma vez, aprofundar a troca de perspectivas cinematográficas sobre a ruralidade, os seus códigos, as suas margens, as suas dinâmicas, a sua função de conservação das memórias e das identidades. Serão exibidas obras nacionais e duas do outro lado da fronteira, ao longo de dois dias de cinema, debates e uma mini feira do livro.

Consultar aqui o programa e o dossier do festival

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A noite

Até mesmo as bebedeiras têm a sua rota a longo prazo. As minhas ebriedades compulsivas no Bairro Alto tiveram um seguimento adaptado na Guarda. O único local aprazível, o Zincos, só funcionou até 2007. Entretanto fechou. O resto é mais do mesmo: estudantes idiotas e semi analfabetos do IPG, aliados a promotores da noite a procurar animar sem critério e sem audácia. A música é de fugir!!! Outro dia dia fui ao "Aqui Jazz" com uns amigos e o atendimento foi abaixo de cão. Algo mais gostaria de acrescentar, mas vou até ao Café concerto do TMG, o único local com música esclarecida nesta cidade e depois direi alguma coisa...

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Playlist da casa (especial)


Dois anos depois, voltei a assinar a Playlist de Dezembro do Café Concerto do TMG. Chama-se “Doce de Chill”, um nome bem apropriado para os excessos calóricos natalícios. A piéce de resistence, como o nome indica, são as sonoridades ambientais, nas suas várias facetas. Do cardápio consta: a colecção completa editada pela revista Xis “Chillout music collection”, os De Phazz, com a trilogia “Plastic love memory”, "Detunized gravity” e “Godsdog”; os Efterklang, com “tripper”; René Aubry, no inolvidável “Invités sur la terre”; Beirut, em “The Flying Club Cup”, a sua opus magnum, em meu entender; Ernst Rejseger, ao violoncelo, numa obra singular, intitulada “Colla parte”; os Jazzanova, com o incontornável "In Between”; os Red Seal, com “Black ops"; por último, a colectânea de covers “Zen CD”. E pronto... Bom solstício dançante!

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O fio

(clicar para aumentar)

Hoje às 18.00 horas, na BMEL, na Guarda, serão lançados, de uma assentada, 5 novos cadernos da colecção "O Fio da Memória". Eis um título particularmente feliz, como já tive ocasião de aqui afirmar. Que remete para a compressão dos vários planos de uma narrativa, como que "apanhados" por uma teleobjectiva que nos puxa para o fundo, para o abismo, para o poço do tempo. Porém, simultaneamente, homenageia as infinitas circunvalações desse mesmo tempo, convida a determo-nos nelas, a tratá-las com desvelo, frágeis pontes que unem margens que mais nada conseguirá aproximar. Voltemos porém à quíntupla apresentação. Sendo co-autor de dois cadernos - "Julgamento e Morte do Galo do Entrudo - 2009" e "Aquilo Teatro" - irei estar na mesa. O primeiro serviu de base para o espectáculo de Carnaval que percorreu este ano as ruas da cidade. O segundo resulta de um convite feito por aquela instituição para um relato acerca da experiência pessoal no grupo. Neste caso, a empresa foi algo complicada, dadas as memórias conflituantes. É que, apesar do percurso épico dos cadernos de poesia, de uma profícua cumplicidade pessoal e artística, de um ano à frente da Direcção, em 2004 veio a separação das águas. Após mais um ano na direcção, onde procurei adiar o inevitável, com enormes custos pessoais, acabei por sair do grupo em 2007. Estou curioso em saber se, na publicação hoje apresentada, haverá um relato verdadeiramente corajoso e honesto por parte de alguns. É que o percurso da memória também está cheio de becos e sinuosidades de conveniência.

Nota: Nota: teria preferido que me convidassem para escrever o caderno sobre a icónica "Taberna do Benfica", apesar de a respectiva autora ter sido naturalmente a escolha acertada para o efeito.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Tamanhos

Porque é que se criou a ideia de que os habitantes das pequenas e médias povoações têm que gostar obrigatoriamente de tudo o que é produzido localmente? Falo especialmente da oferta cultural, mas poderia referir-me também a queijos, ou a cobertores, ou a jornais. É claro que as "coisas da terra" despertam sempre uma natural curiosidade, do tipo benevolente, uma atenção particular, um orgulho magnânimo. Mas é fundamental ir para lá das armadilhas da auto-complacência, atravessar o simples brio paroquial. De modo a perceber que um espectador de Barcelona, de Praga ou de Nova Iorque deveria aplaudir a mesma criação cultural tal como o tal habitante local o faria.

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