O fio
Hoje às 18.00 horas, na BMEL, na Guarda, serão lançados, de uma assentada, 5 novos cadernos da colecção "O Fio da Memória". Eis um título particularmente feliz, como já tive ocasião de aqui afirmar. Que remete para a compressão dos vários planos de uma narrativa, como que "apanhados" por uma teleobjectiva que nos puxa para o fundo, para o abismo, para o poço do tempo. Porém, simultaneamente, homenageia as infinitas circunvalações desse mesmo tempo, convida a determo-nos nelas, a tratá-las com desvelo, frágeis pontes que unem margens que mais nada conseguirá aproximar. Voltemos porém à quíntupla apresentação. Sendo co-autor de dois cadernos - "Julgamento e Morte do Galo do Entrudo - 2009" e "Aquilo Teatro" - irei estar na mesa. O primeiro serviu de base para o espectáculo de Carnaval que percorreu este ano as ruas da cidade. O segundo resulta de um convite feito por aquela instituição para um relato acerca da experiência pessoal no grupo. Neste caso, a empresa foi algo complicada, dadas as memórias conflituantes. É que, apesar do percurso épico dos cadernos de poesia, de uma profícua cumplicidade pessoal e artística, de um ano à frente da Direcção, em 2004 veio a separação das águas. Após mais um ano na direcção, onde procurei adiar o inevitável, com enormes custos pessoais, acabei por sair do grupo em 2007. Estou curioso em saber se, na publicação hoje apresentada, haverá um relato verdadeiramente corajoso e honesto por parte de alguns. É que o percurso da memória também está cheio de becos e sinuosidades de conveniência.
Nota: Nota: teria preferido que me convidassem para escrever o caderno sobre a icónica "Taberna do Benfica", apesar de a respectiva autora ter sido naturalmente a escolha acertada para o efeito.
Nota: Nota: teria preferido que me convidassem para escrever o caderno sobre a icónica "Taberna do Benfica", apesar de a respectiva autora ter sido naturalmente a escolha acertada para o efeito.
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