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Curtas

1. Vale a pena ler uma entrevista que Paul Schrader deu ao jornal "Público", publicada no suplemento Y. O realizador (e, recorde-se, argumentista de obras marcantes como "Taxi Driver"e "Touro Enraivecido") deslocou-se ao nosso país em recentemente, no âmbito do Fantasporto. Com efeito, no encerramento deste festival, foi estreada entre nós a sua última produção, "Adam Ressurected", que espero ver em breve. Na ocasião foi galardoado e deu uma pequena conferência. Ver aqui a notícia. Schrader, como ele próprio refere, teve uma educação calvinista, que teve consequências visíveis nas questões morais que atravessam os seus filmes. Na entrevista, falou sobre o fim do cinema, da necessidade de os criadores tirarem partido das novas tecnologias e não oporem-se a elas, da urgência do recurso massivo a novas formas de retorno do investimento no produção cinematográfica, que não passem só pela exibição em salas. O realizador lembra que hoje é possível fazer filmes com orçamentos cada vez mais reduzidos, graças a meios técnicos mais acessíveis, mas que a multidão de novos criadores do cinema indy americano não sabe ainda tirar partido disso.
2. Os dados estão lançados. Pelos vistos, a próxima batalha autárquica na Guarda vai ser travada entre Crespo de Carvalho, pelo PSD, e o actual presidente da câmara, Joaquim Valente, pelo PS. O resto, vão-me perdoar, não conta. A escolha do candidato social-democrata foi algo conturbada. Uma leitura atenta de "O Príncipe", de Maquiavel, tornaria perceptível os contornos e os saltos de gazela neste processo. Quanto à presença de Valente, seria mais do que natural. Embora pudesse ter gerido de outra forma certos dossiers mais estruturantes para a cidade, o seu mandato pareceu-me ser globalmente positivo. Para além de ser uma pessoa educada e cordata, o que não é de desconsiderar. O candidato do PSD é para mim um perfeito desconhecido. Sei que é empresário, coleccionador de arte e dinamiza o grupo de Amigos do Museu da Guarda. E é tudo.

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