« Início | Está quase! » | Chocolate » | Cidade + » | Gelo » | As obras de Santa Engrácia » | Balanxo 2008 » | Recordes polares » | "Eu queria encontrar aqui ainda a terra": o livro » | Mnemónica » | O carro do gajo, em dia de nevão »

BMEL: primeiro balanço

Já está aberta ao público há cerca de três meses. Todavia, só de há uma semana para cá me tornei frequentador assíduo da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço. Logo no momento da inscrição como leitor, cuidei de tirar a limpo alguns itens que particularmente me interessavam. No desiderato, informaram-me que a livraria municipal ainda não foi transferida para o edifício, como estava projectado. Por outro lado, não está ainda ligada em rede com as bibliotecas das universidades de Coimbra e Salamanca, como tem vindo a ser anunciado. E a cafetaria ainda não está em funcionamento, sem qualquer explicação. Mas há uma situação deveras insólita e que urge denunciar. Os periódicos não estão, regra geral, disponiveis para o público. A razão invocada é que não foram ainda digitalizados. Mas como é tal falha possível? Então não foi para isso, sobretudo, que a Biblioteca Municipal esteve encerrada durante mais de um ano, sem qualquer alternativa para os utilizadores? Disseram-me então que o equipamento existente era insuficiente e que os jornais e revistas tinham sido submetidos a um tratamento de desparasitação. Sabe-se que estes procedimentos são naturalmente morosos e delicados. Mas não houve tempo mais do que suficiente para o processo estar concluído? Se falta equipamento para digitalizar, porque não providenciou a Câmara meios alternativos? Afinal, esse fundo só existe por uma razão: estar à disposição do público em geral, estudiosos e investigadores. Por sinal, a melhor forma de zelar pela conservação dos originais é promover a sua consulta em formato digital. De que é que estão à espera? Por outro lado, é inexplicável a ausência de um website próprio da BMEL. É assim tão difícil? A informação institucional existente resume-se a uma grelha informativa no portal das bibliotecas nacionais e umas fotografias na página oficial da autarquia guardense. Noutra perspectiva, mais imediata, o saldo é francamente positivo: a sala de leitura é magnífica, luminosa, funcional. O acesso à rede wireless não levanta qualquer problema. Os títulos estão dispostos de forma criteriosa e acessível. O atendimento é competente e atencioso. Em resumo, um espaço de eleição, mas ainda muito aquém das suas potencialidades.

Etiquetas: , , ,

Etiquetas: , ,

Jornal Cidade Mais
Creative Commons License