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O mistério da feira do livro desaparecida

Antes de partir para o Festival Intercéltico de Sendim, na sexta-feira, andei à procura da IV Festa do Livro, promovida pelo jornal "O Interior". Nem que mais não fosse só para observar in loco no que se tornou o desenvolvimento de uma ideia em cuja primeira concretização fui parte activa, em 2002, na qualidade de Presidente do Aquilo Teatro. Pois bem, iniciei a busca e deparei com umas barracas de comes e bebes, das quais se desprendia o característico perfume a carne e sardinha assada. O fantasma de Fernando Pessoa, evocado no dia anterior, deveria deliciar-se com o ambiente. Depois os stands institucionais do costume, ali plantados por mera marcação de território. Em pânico, devido à eventualidade de cair no raio de acção de uns altifalantes debitando o último êxito de Luís Filipe Reis, avancei com passos largos. Já basta residir nas imediações e, apesar de fugir da coisa a sete pés, não evitar estar presente um dia ou dois e apanhar com os decibéis do costume, sem que a Câmara envie uma cartinha aos moradores das redondezas pedindo desculpa pelo incómodo, como se faz em lugares civilizados. Mais à frente, cruzei-me com umas barracas onde os artesãos residentes tomaram essa qualidade à letra e lá iam dormindo a sesta ou dar a entender que faziam algo. Uma mostra de licores lá safou a má impressão recolhida. Só que Feira do Livro, nem vê-la. Procurei no Jardim José de Lemos, como se diz no respectivo anúncio. Será que, à última da hora, mudou de local? Será que estava muito calor e foi tudo para banhos? Ignoro. Para o ano, contrato uma agência de detectives para ir à frente.

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