domingo, 31 de agosto de 2008

Imagens da Guarda

Antes do Vivaci

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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Nota

Têm-me chegado alguns comentários de anónimos, relativos, sobretudo, à bem humorada busca de uma feira do livro, integrada na Beirartesanato. Os textos primam, invariavelmente, pelo insulto boçal e cobarde. Pelo ataque pessoal, sem um único argumento que desminta ou complemente o texto comentado. Ora, este blogue tem sido um espaço de irreverência, de criatividade e de liberdade. Ausente, claro está, o medo da crítica ou do aplauso, quando eles são necessários. Por muito que isso custe a alguns espíritos tacanhos, ou a zeladores menores. O disclaimer constante do cabeçalho do blogue é claro: não são permitidos comentários insultuosos ou difamatórios. Afastada está, portanto, a hipótese de abrir sequer uma excepção à regra. O que significa que, quem vai por esse caminho, ficará à porta. Entretanto, espero que alguém lhes vá ministrando lições de boas maneiras e ortografia. Por essa ordem. E já agora, que adquiram algum sentido de humor. Aquilo a que muitos chamam, com propriedade, de barómetro da inteligência. É que, um cobarde nunca foi, nem será, divertido. Mesmo que me divirta, abundantemente e sem reservas.

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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Trajectos

Dia luminoso com temperatura amena (26º-12º). Condições excelentes para fazer um percurso que já não tentava há oito anos. Pelas 15 horas peguei no calhambeque e fiz-me à estrada. Cerca de uma hora depois, estava no Covão da Ametade, um dos circos glaciários no cimo do vale glaciário do Zêzere, em plena Serra da Estrela. Um local mágico. Onde teve início o objectivo desta tarde:
- trilho covão d'ametade / lagoa dos cântaros
- 75 minutos em marcha rápida
- grau de dificuldade: médio.
O percurso está sinalizado à maneira dos pastores, com pedras sobrepostas e até meio também com sinais gráficos pintados nas rochas. A lagoa, uma das poucas na Serra de origem natural, tem a forma de um coração. É absolutamente necessário desfrutar o momento da chegada, depois do suor, dos arranhões e da canseira de uma subida interminável, por entre as fragas e as giestas. E só encontrar o eco do coaxar das rãs nas paredes do cântaro gordo, o sopro do vento e, se calhar, os badalos longínquos de algum rebanho no vale da Candeeira... E tudo parece tão longe! Aqui ficam algumas imagens.




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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Atãová!

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O mistério da feira do livro desaparecida

Antes de partir para o Festival Intercéltico de Sendim, na sexta-feira, andei à procura da IV Festa do Livro, promovida pelo jornal "O Interior". Nem que mais não fosse só para observar in loco no que se tornou o desenvolvimento de uma ideia em cuja primeira concretização fui parte activa, em 2002, na qualidade de Presidente do Aquilo Teatro. Pois bem, iniciei a busca e deparei com umas barracas de comes e bebes, das quais se desprendia o característico perfume a carne e sardinha assada. O fantasma de Fernando Pessoa, evocado no dia anterior, deveria deliciar-se com o ambiente. Depois os stands institucionais do costume, ali plantados por mera marcação de território. Em pânico, devido à eventualidade de cair no raio de acção de uns altifalantes debitando o último êxito de Luís Filipe Reis, avancei com passos largos. Já basta residir nas imediações e, apesar de fugir da coisa a sete pés, não evitar estar presente um dia ou dois e apanhar com os decibéis do costume, sem que a Câmara envie uma cartinha aos moradores das redondezas pedindo desculpa pelo incómodo, como se faz em lugares civilizados. Mais à frente, cruzei-me com umas barracas onde os artesãos residentes tomaram essa qualidade à letra e lá iam dormindo a sesta ou dar a entender que faziam algo. Uma mostra de licores lá safou a má impressão recolhida. Só que Feira do Livro, nem vê-la. Procurei no Jardim José de Lemos, como se diz no respectivo anúncio. Será que, à última da hora, mudou de local? Será que estava muito calor e foi tudo para banhos? Ignoro. Para o ano, contrato uma agência de detectives para ir à frente.

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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A cápsula

Mandaram-me uma série de emails acerca da uma cápsula do tempo ter sido lançada "aí na Guarda". Numa primeira impressão, pensei que era um brincadeira. Ao terceiro, lembrei-me então que o Américo Rodrigues já tinha falado no fenómeno, no "Café Mondego". Lida a notícia, percebi que a coisa só irá acontecer em 2011. A ideia parece interessante. Permite divagar. Ora, contece que, por estes dias, não estou na Oppidana. Não suporto sair de casa e ver umas barracas com quinquilharia saloia e os omnipresentes decibeis pimba on the air. Seja como fôr, quando chegar, tenho uma secreta esperança em encontrar a Guarda no futuro: festivais culturais de Verão de nível internacional, uma livraria, gente a saltar pelas ruas, políticos competentes, a PLIE a funcionar, uma classe média jovem e cultivada, um comércio de qualidade no centro histórico, com horários estendidos, bares nocturnos diferenciados... foi então que me acordaram do sonho, em pleno jardim de Santa Catarina, na Bica. Estava debruçado sobre a folha da peça "Platonov", de Tchekov, em cartaz no T.N.S. João, no Porto. Cápsula de quê?

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