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Ah! Pois é!...

Ontem, pelas 22 00h, decorreu um encontro/debate no Café Concerto do TMG, sendo tema "O que é isso do humor português?". Os animadores de serviço eram Nuno Markl e Ricardo Araújo Pereira. A sessão estava inicialmente marcada para dia 27 de Fevereiro, tendo sido adiada por indisponibilidade de um dos apresentadores. Cheguei por volta das 21.15h, sendo que o espaço só abre no período da noite às 20 30h. O café estava já com lotação completa. Não é que os ocupantes efectivos estivessem nos lugares, mas algo convenientemente lá deixado os ocupava por eles. Como estava à espera de uns amigos com quem tinha combinado assistir à sessão, esperei mais um bocado. Entretanto, não paravam de chegar mais espectadores. Como eu, eram cada vez mais os presentes revoltados com a situação. Por fim, na hora da verdade, as alternativas eram: 1º assistir de pé, o que não faz sentido num espaço daqueles; 2º ir embora, de preferência para um local com rede wireless. Com uma despedida à francesa, demandei pois outras paragens. Esta situação merece alguns comentários. Para já, não é admissível a permissividade com a ocupação de lugares "com um casaquinho" enquanto não vêm os ocupantes reais. Pode dar jeito, não tenho dúvidas, mas impede que outros, que legitimamante querem asistir, o não posssam fazer. Mais uma questão de civismo, ou de falta dele, em suma. Por outro lado, a um outro nível, o TMG é o grande responsável pela situação. O mais elementar bom senso aconselharia duas soluções, em alternativa: 1º que as entradas fossem pagas; 2º que a sessão decorresse no Grande Auditório, atendendo à previsível afluência de público. Nesse caso, a entrada estaria sujeita à aquisição de bilhete, mesmo que a custo zero. O que garantiria lugar marcado, maior envolvência, distribuição dos espectadores sem atropelos nem correrias e, sobretudo, evitaria surpresas desagradáveis. Poderão objectar que o café concerto tem características mais apropriadas para este tipo de eventos. Ou que, nesse horário, estava a decorrer um espectáculo teatral no Pequeno Auditório. Aceito a primeira objecção, desde que o público não excedesse a lotação do espaço. Em relação à segunda, creio que nada obstaria à coexistência de dois espectáculos distintos, quer do ponto de vista técnico, quer logístico.

Nota: em conversa com o Director do TMG, este informou-me que o Teatro concluiu que o Café era o espaço adequado para uma sessão informal como esta, pois num auditório desapareceria a necessária proximidade, com a consequente descaracterização do resultado pretendido num debate. Alteração essa que, provavelmente, nem os convidados aceitariam. Percebo e aceito as razões, na perspectiva de quem organiza. Mas que dizer do público que está disposto a esperar à porta uma hora antes de abrir a sala, para marcar um lugarzinho para si e para os amigos que chegam mais tarde? Pessoalmente, se tiver que me prestar a esses números, que seja no Posto Médico, para a senha da consulta. De qualquer maneira, da próxima vez já sei o que faço: levo uma cadeira de tripé, daquelas de campismo. Ou então, melhor ainda, fico em casa. A ler um bom livro.

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