O deserto
Percorrer a Rua do Comércio, é como fazer uma visita guiada a uma zona de guerra. Metade dos espaços comerciais estão devolutos. Não existe um único local cívico digno desse nome. Um local onde se entra, se circula, se faz uma prospecção, se encontram pessoas, se descobre algo inesperado: uma livraria, um alfarrabista, uma loja de discos, uma galeria de arte, uma loja de bom artesanato, ou um café em que algumas dessas valências coexistissem e com um serviço de qualidade, por exemplo. Por outro lado, o comércio não tem um horário diferenciado naquela área, zona histórica incluída, como deveria. Nem existe uma loja de conveniência, com um período de funcionamento que se prolongue pela noite. Evidentemente, a emoldurar estes progressos, o arranjo urbanístico deveria ser exemplar. Todavia, a realidade é dolorosa. De tal forma, que o aspecto actual da principal artéria comercial da cidade coloca-a no plano de um pesadelo balcânico.
Etiquetas: património, urbanismo
Não serão a Farmacia Rego a optica Lince e Araujo a Stefanel e ourivesaria Antónios e a Soya uns oásis neste deserto????????
Todo o grande deserto tem oásis.
No entanto concordo plenamente com o seu post, uma realidade existe a Rua do Comércio é a artéria mais movimentada da cidade, e tem um piso horrivel que o digam as senhoras de salto alto, parece ter sido patrocionado pelo Sr. Sapateiro da Rua Dr. António Julio.
UM BOM ANO DE 2008
Publicado por Dis | 29 de dezembro de 2007 às 23:00