domingo, 20 de maio de 2007

Mais do mesmo

Ontem recebi um telefonema de uns amigos de Lisboa, procurando informações acerca das cerimónias hoje ocorridas na Guarda, a propósito do centenário da inauguração do Sanatório. Em vez de uma descrição pormenorizada, por telefone, remeti-os para este blogue, onde poderiam estabelecer ligações para outros locais da web contendo informações sobre o acontecimento. Entretanto, comunicaram-me que, previamente, já tinham acedido ao site oficial da Câmara Municipal, onde pensavam encontrar algo. No entanto, nem uma referência ao assunto. Nesta altura, pedi para repetirem, pois julguei que estava com problemas de audição. Mal terminou o telefonema, abri a página em questão. Pois bem, os destaques iam para um Intercâmbio Escolar entre a Escola de Santa Zita e a Escola Pierre Curie – Wattrelos e ainda para um projecto ambiental intitulado "Flores para a mãe"! Sobre um acontecimento que mobilizou grande parte da cidade, que trouxe milhares de visitantes e que foi notícia em todo o país, nem uma única linha! Eu sei que é difícil acreditar, mas sempre poderão confirmar in loco o que aqui digo. Confesso que já há muito não via a incompetência, o desprezo e o autismo juntarem-se de forma tão auspiciosa. Para este escândalo, decerto concorrem as nomeações políticas e de favor que abundam na autarquia. Já agora: onde fica Wattrelos?

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sexta-feira, 18 de maio de 2007

Centenário Sanatório

No âmbito das comemorações do centésimo aniversário do Sanatório Sousa Martins, terá lugar na Guarda um espectáculo de evocação histórica da cerimónia e festividades associadas, no próximo dia 19 de Maio de 2007, a partir das 10.00 horas. A inauguração, recorde-se, contou com a presença de Suas Majestades a Rainha D. Amélia e o Rei D. Carlos. Sob a coordenação geral de Américo Rodrigues, director artístico do TMG, a evocação será baseada em textos deste vosso criado e de Hélder Sequeira (que também é consultor histórico desta produção). Mais informação sobre os intervenientes, consultar o blogue do TMG.
O espectáculo inicia-se na Estação de Caminhos de Ferro, com a chegada do Casal Real. Será depois feito um percurso em carruagem, pelo Mileu, Dorna, Rua 31 de Janeiro (na altura D. Luiz I), Praça Velha, Rua do Comércio, passando pelo Largo da Misericórdia, e seguindo então até ao Sanatório, onde terá lugar a inauguração propio sensu. Uma descrição dos festejos ocorridos na altura poderá ser lida nesta notícia, obtida a partir de jornais da época. A produção do evento cabe ao Teatro Municipal, sob encomenda do Hospital Sousa Martins.

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As marionetas

Observar as festividades académicas dos alunos do Instituto Politécnico da Guarda é um exercício deveras instrutivo: dúzias de estudantes embriagados, num berreiro frenético e desprovido de qualquer propósito subversivo ou utópico, é um espectáculo confrangedor. A antecipação dos guichets dos centros de emprego poderia e deveria ter uns preliminares mais ousados, mais improváveis. Que fossem para além de umas despedidas festivas e desajeitadas da virginal condição e uns hectolitros da vil beberagem germânica de côr amarelada. Sinal dos tempos e de uma instituição-modelo para humoristas e criminólogos.

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terça-feira, 15 de maio de 2007

Ares da Guarda

"Que fazer dos nossos ares frios que sob a forma de neve já no século de Gil Vicente se exportavam para a longínqua Lisboa?
Vendê-los, em casa, imitar como podíamos os eternos Davos-Platz dos outros, oferecê-los aos que sofriam do "mal" de um século em vias de urbanização acelerada, e à falta de águas milagrosas de outros sítios, lavar-lhes os pulmões nesse ar ainda não poluído da nossa provincial "montanha mágica". Sem se dar ares, que a sua modéstia não lho permitia, a Guarda, na nossa "belle époque", não se converteu na cidade onde se vinha a ares. Mas tomou consciência, e a tradição dura até hoje, que os seus "ares" eram, para quem os procurava, uma aposta de vida.É pena que nenhum Thomas Mann caseiro não tenha deixado um breve sinal de que a busca salvadora dos nossos dares lavados, era também, sabendo-o ou não,um passo como outros na simbólica montanha da verdade, aquela onde os ares salvam porque são cortantes."

Eduardo Lourenço, in caderno colectivo Ar Livro, Guarda, 2004, edição NAC/CMG

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terça-feira, 1 de maio de 2007

Devaneios

Outro dia, ao experimentar a função de tradução do Google para websites, reparei neste resultado insólito: o título deste blogue transformou-se em It keeps Nocturna!!! Pelos vistos, esta cidade ainda não faz parte das entradas do dicionário usado por aquele serviço. Será por isso que guarda-redes é goalkeeper? Enfim, tudo é preferível a goleiro, como soe dizer-se nas terras de Vera Cruz.

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Jornal Cidade Mais
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