terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cicatrizando

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Depois do lançamento no atelier "Temos Tempo", no Feital, em 21 de Dezembro, Américo Rodrigues vai apresentar na Guarda o seu último CD. Será no próximo dia 22, pelas 21.30, no Café Concerto do Teatro Municipal. As honras musicais, num registo de improvisação livre, a partir das experiências sonoras registadas na obra, estarão a cargo da Orquestra de Tararau Bicho. Neste caso composta por Victor Afonso, Tiago Rodrigues, Eduardo Martins, César Prata e o próprio. O nome do grupo reproduz, salvo erro, o pseudónimo com que o autor assinava os seus poemas há uns bons anos atrás.

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Noites brancas



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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Notícias do interior

Hoje de madrugada, atirei a posta no Facebook: "Aqui pela Guarda, esta noite vai descer mesmo aos -8º, se não for mais. Esta sensação única de andar na rua com a cara anestesiada, o nariz inexistente e as mãos roxas faz-me tornar mais solidário com os habitantes de Novossibirsk e o peixe congelado em alto mar." Mais tarde, li a prosa e pensei logo: "Olha, olha, o gajo a armar! Grande coisa! Isso é para meninos! Dás música, mas não alegras!"... Belo seria outro gesto mais afoito. Mais incendiário! Mas o quê? O quê? Claro que esta interrogação foi puramente retórica, pois os dados estavam lançados... Querem saber? Pois bem, praticar hoje um dos meus desportos radicais favoritos. Ou seja, percorrer a Guarda de noite quando coberta de neve. Mas não é uma neve qualquer. Tem que ser uma espécie de poeira gelada, que no chão parece chantilly iridescente. Que nunca chega a empapar. Rebelde à consistência, omnipresente. Que o vento espalha como poeira, mas que comprimida se transforma num gelo melífluo. Portanto, caros amigos, passarei agora aos conselhos úteis: roupa e calçado adequado, meia garrafa de "Bushmills" no papo, uma boa máquina fotográfica e um leitor de MP3 artilhado com Herdningarna à discrição. O "Hippjokk" e o "Karelia Visa" servem...Até depois...

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sábado, 9 de janeiro de 2010

MAP em Janeiro


Começa no dia 16 o grande acontecimento cultural de Janeiro na Guarda. Uma homenagem mais do que merecida a um grande escritor, promovida conjuntamente pela Câmara Municipal, TMG e CEI. Ver aqui mais informação e programa.

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Balanxo 2009

À semelhança de anos anteriores, o blogue "Café Mondego" reúne e publica depoimentos de uma série de autores convidados, sob o lema "Balanxo". Onde é passado em revista o que de relevante, positivo ou negativo, aconteceu na Guarda durante o ano anterior. Segue-se a minha colaboração:

1. Negativo:

- A profunda crise social e económica que se vive no distrito. É certo que esta realidade não é excepção no conjunto do país. Só para não ir mais longe. A diferença, neste caso, está no âmbito mais ou menos limitado dos danos, na capacidade de absorção da comunidade e na relativa eficiência das instituições que a combatem, públicas e privadas, com destaque para a rede assistencial da Igreja. Ou seja, o desemprego e a depauperação, para não falar das situações crónicas de miséria, têm ainda na Guarda factores de peso que diluem o seu impacto. Refiro-me à existência de uma forte rede de solidariedade familiar e comunitária e, se isso não bastar, de uma tradição migratória recentemente reactivada.
- O clima de pessimismo e de ausência de horizontes, embora não expresso, que sobressai dos rostos e dos discursos. Sobretudo em muitos jovens, o que é um sinal de derrota que deveria constar da agenda diária dos decisores políticos, antes de qualquer projecto.
- O golpismo puro e duro que se tornou prática na estrutura distrital do PS.
- A campanha medíocre, com algumas excepções, a que os guardenses assistiram nas autárquicas.
- As reacções inqualificáveis dos dirigentes do PSD, mormente o seu cabeça de lista para a Câmara, face aos resultados eleitorais. Aliás, com a actual composição dirigente, o PSD atingiu o fundo do poço a nível distrital, tornando-se pouco mais do que uma federação de interesses autárquicos, pejada de truques florentinos. Neste momento, representa – embora não de forma exclusiva – o que de mais atávico e clientelar existe no distrito.
- As obras no pano de muralha junto ao Vivaci, que ainda ninguém percebeu a que se destinam nem quando acabam.
- O escandaloso estado de abandono do Chafariz da Dorna e largo respectivo. Há muitos anos que insisto nisto. Mais uma vez não se perde nada…
- O alcatroamento do caminho que conduz ao sopé da crista do Tintinolho, quando bastava melhorar a estrada de terra e a sinalização pedonal existente.
- A oferta musical dos estabelecimentos nocturnos da cidade, regra geral desinspirada e que exclui o Jazz do menu.
- O estado de total degradação da via pública em muitos pontos da cidade. O qual, aliado a um planeamento urbanístico em cima do joelho, faz da circulação a pé ou de carro nessas zonas um autêntico tormento.
2. Positivo:
- O início do processo das obras de requalificação do Hospital Sousa Martins.
- A vitória de Joaquim Valente para a edilidade guardense. Sem dúvida, a melhor opção para o futuro na cidade.
- O Parque Urbano de Rio Diz, do qual sou utilizador crónico. Embora inaugurado em 2007, continua a ser o espaço verde de lazer que a cidade há muito merecia e cujo potencial só o tempo e uma gestão cuidadosa saberão quantificar.
- A requalificação da Torre de Menagem da antiga alcáçova do castelo. A obra custou cerca de um milhão de euros. O centro de recepção compreende uma exposição permanente sobre a história e património da cidade, bastante aceitável, mas não se percebe onde está a anunciada “rede de percursos na paisagem”. A intervenção na torre, com a criação de mais um piso, foi quanto baste. Inclui a projecção interactiva de excertos do foral e de um pequeno filme em 3D sobre a cidade.
- O alto nível da programação e gestão do TMG. O qual tem cumprido com distinção um serviço público que é a sua principal atribuição. Algo a que não será alheio a excelente equipa que nele trabalha e a batuta inspirada do seu Director artístico. Seria fastidioso enumerar aqui o que de melhor passou pelos palcos do TMG no ano que findou. Direi apenas que, relativamente à programação, quando se refere que atinge vários públicos, tal significa simplesmente variedade na oferta e não a sua uniformização, tendo o gosto hegemónico como pano de fundo. O que permite, e ainda bem, que cada um ajuste a sua agenda pessoal ao programa disponível.
- O início das obras de construção da alameda que ligará a VICEG à rotunda da "Ti Jaquina".
- O índice de poder de compra per capita do concelho da Guarda – 91,7%, tendo como referência a média nacional (100%) – o mais elevado em toda a região.
- Os inúmeros guardenses cujo talento, empreendedorismo e competência profissional e académica, nos mais variados domínios, são reconhecidos e não poucas vezes premiados.

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