quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cinema ambulatório


O principal objectivo ciclo “Curtas em Flagrante" é tornar possível a troca de experiências e dar oportunidades de divulgação dos trabalhos de tantos jovens, que estão agora a iniciar a sua carreira no mundo do audiovisual.
O Elemento Indesejado é uma associação cultural recente, cujos principais objectivos são a divulgação e formação cultural e artística. Até ao momento tem sido a área do audiovisual a que mais tem explorado. Com um workshop de vídeo, a decorrer no âmbito do F.A.T.A.L. - Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa - e responsável por toda a cobertura audiovisual do mesmo. Está também a organizar um conjunto de workshops na área das artes digitais, e funciona como um grupo de criação audiovisual com produção própria. Com este evento, pretende actuar como uma rampa de lançamento de novos artistas e divulgar a criação audiovisual que é feita no nosso país.

- Café Concerto do TMG, sexta-feira, pelas 23 00h

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Imagens da Guarda

Vale do Mondego

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domingo, 18 de outubro de 2009

O paraquedismo como uma das belas artes

Francisco Assis será o novo líder parlamentar do PS
O deputado Francisco Assis vai substituir Alberto Martins na liderança da bancada do PS. Regressado de cinco anos no Parlamento Europeu, Assis repete assim as funções que já desempenhou durante os governos de António Guterres. O nome será anunciado pelo secretário-geral socialista, José Sócrates, numa reunião com os deputados agendada para as 12.30. Francisco Assis irá depois a votos no grupo parlamentar.
Fonte: DN online

Vou tentar reconstituir a trajectória estonteante do deputado: Assis veio da gamela de Estrasburgo. Fez escala no Porto, para reabastecimento. Passou de rompante pela Guarda, lançado a grande altitude, onde convenceu algumas almas enternecidas a votarem nele. E chegou finalmente ao seu destino, como se comprova na notícia. A nomeação é a merecida "ajuda de custo" pelas duas ou três deslocações à Guarda (que maçada!). Entretanto, jurou a pés juntos que o centro da sua vida política seria no Porto. Então, nesse caso, porque não aproveitar a oportunidade para testar as virtualidades do "choque tecnológico"! Muito simples: comunicando o novo líder parlamentar com os seus pares em S. Bento, a partir da Invicta, através do "Skype", ou em sistema de videoconferência!... Agora pergunto: no meio desta dança de sinecuras, o que ganhou a Guarda? O que vai ganhar? Vale aqui o supremo acerto do adágio de Bernard Shaw (injustamente ofuscado pelo outro, mais célebre, de Churchill): a democracia é o sistema pelo qual garantimos ser governados como merecemos.

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vida nova

Falta então uma leitura política das eleições na Guarda. Tão breve quanto a inconveniência de pisar o mesmo chão que já foi pisado e repisado. E menos estrondosa do que um motoqueiro a jogar Metal Gear Solid num open space.
Quanto às sondagens, houve de tudo. Desde o simples disparate estatístico, até ao delírio de quem se julga com dons proféticos. No entanto, todas acertaram numa coisa: Valente iria ganhar. Previsão que nada, mas mesmo nada, tem de original. Era clarinho como água. Ou então, como é habitual dizer-se, "até um ceguinho... aetecetera e tal..." Para quem tivesse dúvidas, havia ainda o recurso aos serviços do Prof. Karamba. Ou, então, pedir um conselho à Maitê Proença. Os mais exigentes poderiam mesmo ir à Grécia ouvir os deuses. Diante dos consulentes, a Pitonisa de Delfos nem sequer se daria ao trabalho de iniciar os trabalhos de adivinhação. "Vão de volta para a Oppidana, pois o Valentix vai ganhar os Jogos deste ano. Crespvs não tem hipótese. Vá, tomem umas "coisinhas" para a viagem, umas sementinhas p'ra rir." E assim foi.
Deixemos agora o tom humorístico e passemos aos resultados. Em relação a 2005, a lista de Valente obteve mais 3% e a de Crespo menos 5% dos votos. O que chegou para o PS roubar um vereador ao PSD e assim reforçar a maioria (5/2). Como curiosidade, o PCTP/MRPP teve mais 20 votos. Obra do divino espírito santo, sem dúvida. Para a Assembleia Municipal, o PS teve mais um mandato e o PSD menos dois, indo o outro para o BE, que ficou com dois. Nas Juntas de Freguesia, o PS conseguiu mais 8 mandatos e o PSD menos 36. Destaque para o reforço das candidaturas independentes, que obtiveram mais 12 lugares.
Estes são os números. Antes da sua leitura, convém reafirmar o meu único propósito neste acto eleitoral: encontrar o projecto que melhor servisse e Guarda e com capacidade para iniciar um novo ciclo político. Destarte acabando com os bonzos e respectivas redes de influência e emprego. Elementos que ainda pervertem a vida pública na cidade e a transparência nas nomeações e nos procedimentos administrativos. Percebi que a candidatura de Valente reunia essas condições. E percebi também que a de Crespo de Carvalho estava condenada ao fracasso. As razões são várias. Lembro a não inclusão de temas fulcrais no debate político: o endividamento, o financiamento das autarquias, como captar investimentos, qual o modelo de desenvolvimento para a Guarda, com quem, etc. O seu programa e a sua mensagem não passaram de uma colecção de vacuidades, que poucos levaram a sério. Ninguém no PSD percebeu que o figurino de uma campanha para as autárquicas é diferente de outra campanha qualquer. Onde o sentimento de partilha de uma situação de proximidade, de desafios comuns, de pertença a determinada comunidade, são os sinais afectivos estruturantes de qualquer programa que se apresenta a sufrágio. O perfil da equipa liderada por Crespo de Carvalho mais parecia o de um grupo de amadores, "senhoritos" ao jeito ibérico, "cavalheiros" da indústria (?) sem fábricas, avessos ao debate, ao potencial da cultura como alavanca de desenvolvimento, à criatividade, à "política". pura e dura. No fundo, um modus operandi consentâneo com a característica vacuidade ideológica do PSD. Uma fatalidade, por muito que Pacheco Pereira reme contra a maré...
Vale agora a pena, en passage, despender algumas linhas sobre o BE (nacional e local). Como é sabido, trata-se de um partido que, organicamente, congregou grande parte da extrema-esquerda. Mas cuja expressão eleitoral há muito ultrapassou a sua marca genética. Cresceu amparando-se nos grandes temas da agenda política nacional e internacional. Seleccionado alguns deles para condicionar a agenda parlamentar do PS e do PCP, sem descurar o protesto "na rua". Tudo com o beneplácito da comunicação social, que escandalosamente o apaparicou de forma acrítica. Entretanto, a crise económica e social validou-o como partido oficial do protesto. Algo que os números expressivos que obteve nas últimas legislativas vieram dar corpo. Todavia, para um observador atento, tornou-se patente que esses números sinalizaram o tecto eleitoral do BE, o seu princípio de Peter. Com as autárquicas, a fragilidade e o carácter volúvel do seu eleitorado, da sua implantação, vieram ao de cima. Limitando-se a recolher o voto dos indefectíveis e afastando o "outro", o que votou no Bloco há três semanas. Que confia no BE como "megafone" reivindicativo, mas não como "aqueles" que vão alcatroar a estrada e reparar as condutas de saneamento. Para agravar o cenário local, o BE guardense prima pela ortodoxia e pelo aparelhismo do tipo Estalinista. Em vez de eleger temas onde, normalmente, o BE, na sua versão esclarecida, está mais à vontade - a cultura, os novos movimentos sociais, os costumes, as novas formas de determinação e inclusão/exclusão dos cidadãos - o seu cabeça de lista, Jorge Noutel, quis aparecer como o magnânimo "provedor municipal". O mesmo que declarou, em relação à cultura, que apreciava fundamentalmente ranchos folclóricos e bandas filarmónicas, sem uma palavra sobre políticas culturais no concelho, nem um gesto de simpatia para com as (poucas, mas activas) colectividades locais que "falam outra língua", nem uma intervenção que denotasse preocupações ambientais. Preocupou-se sobretudo em cativar, de forma populista, certos nichos eleitorais onde era previsível o Bloco penetrar. Todavia, ao evitar tudo aquilo que compõe a verdadeira modernidade, demonstrou porque é que o conservadorismo de esquerda é o mais nefasto de todos.
Portanto, Joaquim Valente ganhou e grande parte dos créditos do triunfo pode reivindicá-los pessoalmente. Espero agora que o PS local perceba que este reforço da votação traduz um conjunto de sinais inequívocos por parte do eleitorado. Um deles manda que se enterrem de vez as figuras de cera do "antigamente". O outro diz que se dê voz ao know how, às competências técnicas, humanas e profissionais dos guardenses, até agora, em grande medida, subrepresentadas. Outro ainda, mais ténue, que a cultura e o ambiente sejam temas prioritários na nova gestão. Será?

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Esmiuçar as músicas

Uma das vantagens de morar no centro, durante uma campanha eleitoral, é ficar a saber de cor as músicas utilizadas pelas várias comitivas para galvanizar a populaça, alinhadas no meio de soundbytes cada vez mais uniformes. Esses temas icónicos são generosamente difundidos através de algumas dezenas de decibéis. Bom, para começar, devo dizer que o solo de harmónica do hino do PSD é particularmente interessante. Anda ali mãozinha do Rui Veloso, com certeza. Digna de nota é a introdução coral, muito semelhante à de "All you Need is Love", dos Fabulous Four. A CDU insiste na "carvalhesa", um best seller medieval recuperado pelos comunistas para uso doméstico. À mistura com vozes megafónicas anunciando novas políticas, embora nunca se sabendo quais, graças ao conhecido efeito Doppler. O PS apostou na criação local. E fez bem. Quem consegue ainda ouvir os hits do Paco Bandeira? Quanto ao PP, esperava uma coisa mais arrojada, mais vanguardista, atendendo ao lema da campanha: F de Futuro. Ou até mesmo um solo de canto lírico registado no jacuzzi de Portas. Mas não, tudo ficou por um mix beato-pimba. O silêncio do BE é que me desiludiu redondamente. Esperava uns temas arab-funk e hip-hop incendiário pour épater les bourgeois... Pena... Será que não têm dinheiro para uma reles instalação sonora? Ou foi todo gasto em tranquilizantes para Louçã, dada a sua característica impulsividade verborreica ("segurem-me senão eu bato em todos!")?

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Muito mais gira assim...


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A obra foi ontem apresentada nesta cidade pela Agência para a Promoção da Guarda. Para além das fotografias e dos textos, contem uma nota introdução de Antonieta Garcia.
António Saraiva, responsável pela APG, esclareceu que esta edição vem na sequência de outras publicações através das quais têm “sido destacados factores identitários da nossa zona e fornecida informação para um melhor conhecimento da Guarda”. Para aquele gestor urbano, a nova obra tem a particularidade de oferecer uma perspectiva “bem interessante da Guarda e do concelho a partir do céu”.Imagens inéditas da Guarda, e de alguns dos seus mais expressivos monumentos, integram este livro, com edição bilingue.

Fonte: "Correio da Guarda"

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Então pronto...

Ainda bem cedo, aqui dei a entender que o sentido do meu voto nas eleições autárquicas que se avizinham seria uma decisão essencialmente racional, dada a abundância das dúvidas e perguntas por responder. A sua natureza seria pois a de uma escolha o mais esclarecida possível, independentemente do apelo da família política, digamos, "natural". Agora que já se conhecem os programas, as listas e os métodos de cada uma das forças em presença, decidi subscrever a candidatura de Joaquim Valente à Câmara da Guarda. As razões são essencialmente duas: 1º é aquela que, apesar das dúvidas que noutro momento suscitei e que mantive até agora, tem condições para protagonizar um novo ciclo político na cidade e, porque não, na região; 2º um segundo mandato do actual presidente da Câmara é a situação que melhor defende os interesses da Guarda, de acordo com as prioridades apresentadas.

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