quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Só até domingo

Algumas das fotos deste que vos escreve, editadas no blogue "Boca de Incêndio", na série "Stalker", podem ser vistas até domingo no Café concerto do Teatro Municipal da Guarda. Mais precisamente no "Table of contents" da segunda quinzena de Fevereiro. Para quem não sabe, trata-se de uma rubrica que consiste basicamente numa mostra informal e temporária (duas por mês) de textos ou imagens colocados em mini-expositores dispostos pelas mesas do café. E cujo autor é convidado para o efeito.

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BMEL: primeiro balanço

Já está aberta ao público há cerca de três meses. Todavia, só de há uma semana para cá me tornei frequentador assíduo da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço. Logo no momento da inscrição como leitor, cuidei de tirar a limpo alguns itens que particularmente me interessavam. No desiderato, informaram-me que a livraria municipal ainda não foi transferida para o edifício, como estava projectado. Por outro lado, não está ainda ligada em rede com as bibliotecas das universidades de Coimbra e Salamanca, como tem vindo a ser anunciado. E a cafetaria ainda não está em funcionamento, sem qualquer explicação. Mas há uma situação deveras insólita e que urge denunciar. Os periódicos não estão, regra geral, disponiveis para o público. A razão invocada é que não foram ainda digitalizados. Mas como é tal falha possível? Então não foi para isso, sobretudo, que a Biblioteca Municipal esteve encerrada durante mais de um ano, sem qualquer alternativa para os utilizadores? Disseram-me então que o equipamento existente era insuficiente e que os jornais e revistas tinham sido submetidos a um tratamento de desparasitação. Sabe-se que estes procedimentos são naturalmente morosos e delicados. Mas não houve tempo mais do que suficiente para o processo estar concluído? Se falta equipamento para digitalizar, porque não providenciou a Câmara meios alternativos? Afinal, esse fundo só existe por uma razão: estar à disposição do público em geral, estudiosos e investigadores. Por sinal, a melhor forma de zelar pela conservação dos originais é promover a sua consulta em formato digital. De que é que estão à espera? Por outro lado, é inexplicável a ausência de um website próprio da BMEL. É assim tão difícil? A informação institucional existente resume-se a uma grelha informativa no portal das bibliotecas nacionais e umas fotografias na página oficial da autarquia guardense. Noutra perspectiva, mais imediata, o saldo é francamente positivo: a sala de leitura é magnífica, luminosa, funcional. O acesso à rede wireless não levanta qualquer problema. Os títulos estão dispostos de forma criteriosa e acessível. O atendimento é competente e atencioso. Em resumo, um espaço de eleição, mas ainda muito aquém das suas potencialidades.

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sábado, 21 de fevereiro de 2009

Está quase!

Consultar aqui toda a informação sobre este acontecimento que, à semelhança de anos anteriores, irá mobilizar a cidade e atrair as atenções de todo o país.

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Chocolate

A "Livraria Académica", nome técnico para a lendária papelaria do sr. Casimiro, acaba de fechar as suas portas, no centro da cidade. Foi assim, com as vitrinas tapadas com cartão que a encontrei, na sexta-feira à noite. O facto não me surpreendeu, nem se calhar à maioria daqueles que por lá passavam amiúde. A decadência era notória e a abertura do Vivavi terá precipitado a decisão do encerramento. Vamos então por partes. As memórias que cada um associa a este estabelecimento é uma questão, em grande medida, geracional. Local de tertúlia, de liberdade, quando a opressão política e clerical reinavam, de encontro com os livros. Mas também foi, para muitos, entre os quais me incluo, "mais" uma papelaria, onde se acorria no frenético início das aulas e onde, mais tarde, se encontrava esta ou aquela edição interessante. E era só "ali", naquela "ilha", quando os livros eram preciosos objectos de contrabando. Para quem desconhece a importância da livraria na cultura local, lembro a sua notável evocação, feita numa das exposições do ciclo "A memória das coisas", há uns anos atrás no Paço da Cultura. Todavia, as questões que agora (e para o futuro) se colocam são de outra ordem. Ideias para o espaço? O Américo Rodrigues já deu algumas, bem interessantes, embora não escondendo alguns sinais de descrença quanto à sua viabilidade.
Quanto a mim, o encerramento de um local tão emblemático, quer para a memória local, quer para algumas personalidades ilustres que por lá passaram, deveria motivar uma séria reflexão sobre o modelo de desenvolvimento que se quer para a cidade e, em particular, o papel aí desempenhado pelo chamado comércio tradicional. A propósito, não resisto a invocar aqui um filme extraordinário, a que assisti há una anos. Chamava-se "Chocolate" (2001), de Lasse Hallström, com um notável desempenho de Juliette Binoche. A obra relata, em síntese, a persistência da protagonista em manter uma loja especializada em chocolate, numa povoação dos confins da província. Vencendo obstáculos e resistências de toda a ordem, consegue, por fim, afirmar o seu estabelecimento. E torná-lo, perdoem o trocadilho, o créme de la créme local. "Onde pretendo chegar?", perguntarão os leitores. "Ao verdadeiro cerne da questão", responderei. A reconversão de espaços comerciais de referência devolutos, em áreas vitais das cidades, em novos estabelecimentos, apresentando modelos inovadores e apelativos, é hoje em dia uma opção funfamental, na requalificação do centro das cidades. Na qual participam, naturalmente e em complementaridade, entidades públicas e privadas. O fecho da papelaria do sr. Casimiro tem todas as condiões para se tornar um teste ao empreendorismo, à ambição e à audácia gerados na Guarda. E refiro-me quer à autarquia, quer aos investidores. Como se, parafraseando o célebro quadro de Dali, a persistência da memória fosse aqui uma questão de primeira necessidade.

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Cidade +


Chama-se "Cidade +". Trata-se do primeiro jornal de distribuição gratuita publicado na Guarda. A edição inaugural - número 0 - saiu em 20 de Janeiro. Tem quatro páginas, uma tiragem de 1000 exemplares e periodicidade quinzenal. Não inclui ficha técnica, nem editorial, desconhecendo-se pois os responsáveis editoriais. A publiciade parece ser o grande meio de financiamento. As notícias têm um alcance predominantemente local. Inclui passatempos e uma agenda sucinta. Fui visitar a página oficial, onde a publicação poderá ser descarregada em formato PDF. O website está um pouco confuso, com a informação desagregada e pouca ou nenhuma utilização da web 2.0. Seja como for, saúda-se o aparecimento desta publicação, mesmo sabendo-se que o sector dos jornais de distribuição gratuita está em queda.

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Jornal Cidade Mais
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