sábado, 29 de novembro de 2008

Inverno (1)

Imagens da Guarda hoje de manhã, recolhidas durante um passeio pela cidade. Para celebrar o primeiro nevão deste ano. Ao que tudo indica, a neve veio para ficar uns dias. Pelo menos, ainda não parou de assombrar a paisagem.





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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Inverno (2)

Aspectos da Guarda, durante a manhã de hoje.



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Tábua de marés (16)

Guarda: rádio memória
Coordenação geral e dramaturgia: Américo Rodrigues
Encenação e dramaturgia: José Rui Martins
Direcção musical: César Prata
Cenografia e adereços: Marta Fernandes da Silva e Pedro Santos
Co-produção do Teatro Municipal da Guarda e Trigo Limpo Teatro ACERT
Dias 21, 22 e 23, no Grande Auditório do TMG.

O nome pode induzir em erro. Não se trata de um espectáculo de teatro radiofónico, como seria de supor. E porquê? Desde logo, porque a rádio é claramente o motivo, o suporte dramatúrgico da peça. O seu papel é muito mais significativo do que o do coro grego, por exemplo. Uma vez que, nesse caso, ele é ora o impulsionador, ora o comentador distanciado da acção dramática. Pois aqui a acção passa-se no interior da própria rádio. Que transmite aquilo que é recriado cenicamente. Portanto, a rádio é, nesta peça, o narrador que comanda a acção e a reproduz. Servindo o palco como uma extensão, uma projecção daquilo que se passa no estúdio. Em suma, convidando-nos a olhar para ela como se se tratasse daqueles personagens que Rembrandt incluía em alguns dos seus quadros, olhando para o espectador e tornando-se cúmplice do que ele próprio assiste. Portanto, a rádio funciona aqui de duas formas: como meio de projecção e circulação da mensagem proposta e como instrumento agregador e simplificador no processo dramatúrgico desenvolvido. No segundo caso, resolveu um problema sentido no anterior espectáculo, “Guarda, paixão e utopia”, quanto às transições entre as diversas cenas. O tal fio condutor. No primeiro, abriu possibilidades infinitas no que toca à escolha dos temas. Por outro lado, a dimensão impressionante da ficha técnica pode induzir noutro erro: encarar este espectáculo enquanto produção megalómana. O que aconteceria se o passo pretendido fosse superior às pernas. Ou se o TMG se tivesse transformado num estúdio da Paramount Pictures durante a rodagem de um épico de Cecil B. de Mille. Ironia à parte, o que impediu a passagem da ténue linha para um gigantismo descontrolado não foi a contenção nem a limitação dos meios envolvidos. Mas sobretudo a fidelidade ao conceito original: contar histórias da Guarda, por gente de Guarda e para a Guarda. Celebrar a casa comum. Orquestrar um conjunto polifónico de vozes, ao serviço de um projecto artístico de qualidade e com projecção universal. Instrumentar a memória, sem deixar de questionar o presente. E tudo isto através do teatro e da linguagem teatral. No fundo, o mesmo desenho criado para o espectáculo de há dois anos, já referido, e para o qual vale muito do que aqui se diz. E em relação ao qual posso, no entanto, estabelecer algumas diferenças: o agora apresentado foi menos poético e simbólico; por outro lado, foi notório o acento dado à direcção de cena, em lugar da encenação propriamente dita. No primeiro caso, pese embora o impacto poético da cena 6 (“Pedras Escritas”) e da cena 9, com o diálogo entre Alberto Diniz da Fonseca e D. Quixote, a poesia foi a grande ausente. No segundo caso, privilegiando-se a sucessão de efeitos visuais e os movimentos colectivos, em lugar da representação propriamente dita. O que, se inculcou ritmo televisivo ao espectáculo, fê-lo perder tensão dramática. Compreende-se que o tempo e o espaço eram escassos para “encaixar” tantos recursos humanos. Mas não deixa de ser verdade que a História tem actores. E o teatro não pode prescindir deles. Devo dizer ainda que me desagradou o maniqueísmo redutor de algumas sequências, nomeadamente das cenas 7 e 8, a propósito da fábrica Renault e do 25 de Abril. A roçar o comício puro e simples. O que evidencia uma opção ideológica que, tal como outra qualquer aplicada directamente à arte, faz dela desaparecer o essencial: a pluralidade de sentidos. E tudo reduz a uma mescla de propaganda com correcção política. Em quase tudo o resto, as soluções encontradas revelaram-se perfeitamente ajustadas e equilibradas. Com alguns rasgos verdadeiramente brilhantes. Quanto aos temas elegidos para formar esta epopeia, tal como das obras que hipoteticamente fossem escolhidas e reunidas numa antologia, pouco haverá a dizer. Procurou-se e conseguiu-se que esses temas não repetissem os “clássicos” utilizados na peça anterior. Decerto outros poderiam ter sido considerados, mas essa avaliação pouco interessa agora. Em suma, um grande espectáculo que dignifica a Guarda, a sua memória, a sua criatividade e a sua dinâmica cultural.

Publicado no jornal "O Interior", de 27 de Novembro

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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Encontro de titãs


Vai decorrer hoje, pelas 14h30, na Sala da Assembleia Municipal da Guarda, o Colóquio intitulado "Ficção e Realidade". Intervirão como conferencistas Eduardo Lourenço, José Gil, Angel Marcos de Dios, Fernando Catroga e Pedro Pita. Um acontecimento a não perder. Ups, eu já me inscrevi! Os retardatários poderão ainda fazê-lo através do website do Centro de Estudos Ibéricos. Onde está disponível mais informação sobre este notável encontro.

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terça-feira, 25 de novembro de 2008

O after day after

A apresentação do espectáculo "Guarda: rádio memória", durante três dias no TMG, como se esperava, decorreu sem sobressaltos. Na óptica de quem participou no processo de produção, o sentimento que me invadiu foi o orgulho e a gratidão pelo esforço incansável de todos os que tornaram esta construção possível. "Palavras de circunstância", alvitrarão alguns leitores. Talvez. Até porque só circunstâncias especiais as fazem germinar com sinceridade. Um desafio colectivamente realizado em que acreditemos faz-nos quase sempre abdicar de alguma coisa e encontrar outras que, de outra forma, não conheceríamos. Para mais, as contrariedades surgidas ao longo do percurso estão lá precisamente para isso. E pronto, depois deste derrame holístico-sentimental, ainda queria dizer algo mais. Espero que acontecimentos como este dêem sinais claros às forças vivas da cidade, à opinião pública, que não existirá desenvolvimento sério sem uma actividade cultural dinâmica e audaz. Infelizmente, não estou muito certo que isso aconteça para já. Em relação ao espectáculo propriamente dito, ao produto, dele farei uma apreciação crítica na crónica que mantenho num jornal da cidade e que, como habitualmente, será depois editada no "Boca de Incêndio".

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Guarda, memória e tudo

A.G.
E pronto! É hoje a estreia de "Guarda: rádio memória", mais uma grande produção teatral que, em tempo de aniversário (809 aninhos), celebra a memória e as gentes da Guarda. Desta vez, em formato de epopeia radiofónica, com personagens e situações surpreendentes. Tal como em "Guarda, Paixão e Utopia", este espectáculo é uma co-produção do Teatro Municipal da Guarda e do Trigo Limpo Teatro ACERT para a Câmara Municipal da Guarda. Tem a coordenação geral de Américo Rodrigues, a dramaturgia de Américo Rodrigues e José Rui Martins, a partir de textos de Américo Rodrigues, António Godinho, Helder Sequeira, Honorato Esteves, José Rui Martins, Norberto Gonçalves, Osório de Andrade e Rui Isidro. A encenação é de José Rui Martins, a direcção musical é de César Prata e a cenografia é da autoria de Marta Fernandes da Silva e Pedro Santos. Hoje, Sexta-feira, às 21h30 no Grande Auditório do TMG. Até domingo. Para mais informações, ver aqui, ou aqui.

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um ar sem ácaros

Desde dia 17 de Novembro, está patente na Galeria do Paço da Cultura a exposição “Ar da Guarda”, uma colectiva de pinturas e esculturas feitas a partir de um desafio da Câmara Municipal da Guarda aos artistas plásticos da região, com o objectivo de representar o ar da Guarda. Gracinda Costa, José Vieira, Evelina Coelho, Carlos Adaixo, João Reis, Barreira Pires, Luís Rebelo, António Godinho, Menne, Teresa Oliveira, Rui Miragaia, João Currais, Kim Prisu, Maria Lino e Pedro Renca são os artistas que aceitaram o desafio da autarquia e desenharam, pintaram, esculpiram ou escreveram o “Ar da Guarda”. Como se sabe, o ar da Guarda, só por si, deveria ser uma marca, uma sigla de excelência e de renovação. O motivo principal para fazer da cidade um destino não só turístico mas espiritual. Pena que o catálogo da exposição, sem desprimor para os convidados, seja tão pobre e inclua um quadro com referência ao recém-inaugurado centro comercial. Ver aqui mais informações.

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Há coisas que não mudam

Aos poucos, tenho vindo a acolher um conjunto de ideias e de posições normalmente conotadas à direita. Porque são aquelas que melhor servem aquilo por que luto e de que não abdico. Ajudado, em grande medida, pelo repúdio que dedico ao relativismo ético e à dualidade de critérios adoptados pela esquerda histriónica e ideologicamente enquistada. Por outro lado, se acolho determinada argumentação, não deixo de acentuar o que me separa da direita sociológica, a dos interesses. E mais ainda daquela que só conserva o culto do autoritarismo, o medo atávico da actividade cultural, do conhecimento, da autonomia individual. Porque a arte é o terreno da experimentação, o verdadeiro laboratório da existência. Em suma, aquela que de liberal, no sentido político, tem muito pouco. Aquela que, sem o dizer expressamente, teme o exercício da verdadeira liberdade, fora do paternalismo e da sujeição. Esta última ainda predomina no chamado país real. Na Guarda, por exemplo, triunfa em toda a linha. O discurso das forças partidárias alinhadas à direita prima pela ausência de modernidade, de tensão ideológica, de audácia. Quem ouve as declarações dos seus dirigentes julgará que estamos ainda no PREC. Com a diferença de que os inimigos declarados são agora quem realmente quer essa modernidade, a diversidade, a mestiçagem, a transparência, uma cidadania esclarecida e criativa. Em resumo, o maior inimigo da direita - e não só - na Guarda é, no fundo, a cultura e o que ela representa e promove. Mesmo assim, se o terreno da disputa fosse o ideológico, a política pura, o debate até poderia sair enriquecido. Mas não. Tudo não passa de uns remoques cíclicos contra o desenvolvimento sustentado da cidade, também por via da uma actividade cultural séria e estruturada. Tendo como pano de fundo uma espécie de populismo de vão de escada, que inclui acólitos filo-bímbicos na blogosfera. Vejam-se os argumentos propalados por Ana Manso, a propósito da recente incorporação dos activos patrimoniais geridos pela Culturguarda na sua titularidade. Nada de mais natural. Mas para muita gente há aqui algo de maquiavélico. Como se na Guarda não houvesse questões mais importantes para debater. Todavia, há muito que não ouvia algo tão patético. A afirmação de que só os eleitos podem dispor do património municipal é das coisas mais espantosas que tenho ouvido. Alguém deveria ensinar a esta senhora uns rudimentos de Direito Administrativo e societário. O cosmopolitismo e a requalificação da Guarda, a afronta de haver muita gente que pensa pela sua própria cabeça, são pois os inimigos desta gente. Para eles, a cultura resume-se ao foguetório, ao paternalismo e à fogueira das vaidades. E nada mais.
Voltando ao tema inicial, gostaria de ilustrar o meu posicionamento através de um exemplo que fala por si. Conta-se em poucas palavras. Recentemente, em conversa com um arquitecto da capital, este deu-me a entender que equipamentos como o TMG "na Guarda e noutras cidades pouco populosas" era um "desperdício". E que se podiam "produzir coisas" no domínio da cultura sem equipamentos demasiado exigentes. E sabem qual a filiação partidária deste "entendido"? Vá lá, sentem-se primeiro. Pois bem, o Bloco de Esquerda. Neste dia, percebi que há, pelo menos, dois blocos de esquerda. O deste senhor e do Noutel e o do Miguel Portas. No primeiro caso, confina directamente com o PSD local. Para o caso, interessa que o referido arquitecto - para além de uma notável ignorância acerca do que significa o investimento nas infra-estruturas culturais, na especificidade do seu financiamento e na actividade em si - revela que, por detrás do seu esquerdismo freneticamente chic, existem uma série de preconceitos classistas, centralistas e ideológicos mal resolvidos. Que não conseguem esconder um incomensurável défice cultural, humanista, uma incapacidade em ser genuinamente compassivo com o seu semelhante, um patético progressismo esforçado e supostamente infoesclarecido, uma condição de crybaby dos subúrbios, que nunca conheceu as verdadeiras dificuldades da existência, um tecnocrata disfarçado de turista acidental, um queque deliciado com a condição de burguês, mas com um crachá na lapela que iluda a má consciência, a idiotia ciclotímica, o tique taque da vidinha, sim, a vidinha, a tal que Rimbaud renegou, não quando renegou a sua poesia, mas quando a exumou, na condição de traficante de armas, Rimbaud, connaissez vous, architect?
Resumindo: temos fechada a quadratura do círculo. Uma coisa é a honestidade intelectual. Sem que me julgue dela apóstolo, pelo menos não a disfarço por trás de uma coerência com sabor a teimosia. As boas ideias, as justas, não têm dono nem domínio exclusivo. Uma coisa é a direita ideológica, porventura estimulante. Outra, bem diferente, é a direita sociológica. E esta pode encontrar-se em qualquer parte. Mesmo na direita. E onde quer que a encontre, terei sempre um motivo para me rir dela.

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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Guarda, memória e tudo


Dois anos depois de "Guarda - Paixão e Utopia", está quase a chegar o segundo espectáculo de "celebração colectiva sobre o imaginário guardense". Nele participam mais de três centenas de pessoas, entre criadores, técnicos e participantes individuais - entre os quais este vosso criado - ou integrando várias colectividades do concelho. A estreia é no dia 21, no Grande Auditório do TMG, mantendo-se até 23 de Novembro. À semelhança do espectáculo anterior, esta criação sui generis, pela envolvência associada, resulta de uma co-produção do Teatro Municipal e do Trigo Limpo - Teatro ACERT para a Câmara Municipal da Guarda. Para celebrar o 809º aniversário da cidade. Tantos? Ver aqui mais informação, em actualização.

Nota: este post será republicado diversas vezes até à estreia da peça, podendo conter informação adicional.

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vivaci

E no segundo dia da Criação, fui ao Vivaci. Para quem não sabe, o recém-inaugurado mega espaço comercial da Guarda. Antes de qualquer apreciação, é bom começar pelo seguinte: sempre encarei positivamente a existência de um espaço deste tipo na cidade. Por diversas razões: criação de uma nova centralidade, de que o tecido económico pode beneficiar; um novo pólo de atracção para a urbe; um gerador de auto-estima para os guardenses; finalmente, a existência de um espaço polivalente, confortável, prático, seguro, o que pode fazer a diferença numa cidade com um clima tão agreste. Todavia, sempre discordei da sua localização. Uma vez que fica "entalado" numa zona pré edificada, não respira nem deixa que a zona adjacente o faça. Já me disseram que, ao ser construído junto da zona histórica, vai ter um efeito dinamizador, ainda que indirecto, nessa área vital da cidade. Reproduzindo um pouco o que se passou no Chiado. Mas o argumento não convence. Tanto mais que esse efeito só se notará, provavelmente, numa maior afluência aos estabelecimentos de diversão nocturna. A profusão de comércio e restauração de qualidade, que deveriam ser as âncoras da zona histórica, obedece a uma lógica distinta. Neste caso, só aproveitariam um período mais alargado de funcionamento. Ora, voltando às impressões recolhidas na "nova catedral", como diz o Américo Rodrigues: agradou-me o desenho das escadas rolantes, como linhas que se entrecruzam, vistas do andar de cima e reflectidas na cúpula envidraçada; a livraria Bertrand parece ter cumprido os objectivos; os espaços âncora tradicionais estão à altura; não entrei em nenhuma sala de cinema; o parking funciona razoavelmente; o hipermercado, com um traçado incomum, i.é., mais profundo do que largo, surpreendeu-me pela enorme variedade de produtos. Por sua vez, desagradou-me a tacanhez da área da restauração: sem zonas diferenciadas, sem uns ornamentos "verdes", sem aberturas para o exterior. É certo que muitos estabelecimentos ainda não abriram, mas já deu para perceber as enormes limitações do perímetro. Outro aspecto: na saída de cima e até à Porta da Estrela, o caos é permanente e generalizado. Sem um corredor para os peões, com o espaço praticamente ocupado por carros e uma circulação ininterrupta, é penoso atravessar uns simples 200 metros. Para terminar, é desolador assistir à enorme quantidade de espaços comerciais que ainda não abriram as portas. O que acentua a sensação que toma conta do visitante: estar num bunker. Mesmo sabendo que esse receio advem de o centro estar a meio gás, temo que vá para além disso e subsista como uma marca negativa do edifício.

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terça-feira, 4 de novembro de 2008

O triunfo da abóbora II


Ao que parece, no passado fim de semana decorreu na Guarda a segunda edição da festa da abóbora. Que é anunciada como representando as genuínas tradições locais. Perguntei a dois antropólogos se tinham noticia desta prática festiva na região. A resposta, como é de prever, foi negativa. Portanto, trata-se de uma tentativa de macaquear uma tradição genuinamente anglo-saxónica, sem qualquer expressão entre nós. Lá que importem o que existe de bom por lá - o respeito pelas liberdades, a meritocracia, o primado da lei, o controle mútuo entre os vários poderes - não me importo absolutamente nada. Agora que tentem impingir gato por lebre, já me importo e muito. Por outro lado, segundo me relataram, os "festejos" limitaram-se a reproduzir, grosso modo, o modelo seguido no desfile do Galo do Entrudo, essa sim, uma verdadeira tradição. Com umas bizarrias tipo comboio fantasma pelo meio. Os responsáveis camarários acham que é disto que o povo eleitor gosta. E as milícias populares anti-elitistas rejubilam. Evoeh! Evoeh! Bem fiz eu em demandar outras paragens durante o fim de semana. Com uma visita ao IV Salão Erótico de Lisboa pelo meio. E que ricas bruxas por lá havia!

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