quarta-feira, 23 de julho de 2008

Apresentação "Mapa"

25 de Julho (21h30m)

Café-Concerto do Teatro Municipal da Guarda
Apresentação: Pedro Dias de Almeida
Leitura de poemas: Américo Rodrigues

manuel a. domingos é o autor deste livro de poesia agora apresentado. Uma recensão pode ser encontrada aqui. Infelizmente, não poderei estar presente, pois andarei pelas bandas de Sines, durante o fim de semana, no festival músicas do mundo. Espero que o Manuel me guarde um exemplar.

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terça-feira, 22 de julho de 2008

Olh'ó passarinho!

(clicar para ampliar)

O Google Earth melhorou, por fim, a resolução com que era apresentado o distrito da Guarda. Ontem dei lá por lá uma volta e captei esta imagem da cidade. Vista do céu é uma maravilha, como diria o meu barbeiro. Olha olha, vejo perfeitamente a minha casa - mãe, estou aqui - mas não digo onde é. Não vá lá aparecer uma embaixada de coleccionadores em fúria, elementos da actual direcção do Aquilo-Teatro, o defunto Menezes, o vivaço Júdice, ou o vate Renca, o dos versinhos pagos pelo BES, dispostos a limpar-me o sebo.

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domingo, 20 de julho de 2008

Atãová!

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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Festa a duas vozes

Entre os dias 3 e 7 de Agosto vai decorrer, em Alfarazes, mais um Festival de Ventríloquos. O maior acontecimento do género a nível europeu. Esperam-se convidados de luxo. O momento alto vai ser a apresentação a cargo de José Sócrates. Acompanhado do patusco Pedro Silva Pereira, o roberto que fará de duplo, virá explicar como na campanha eleitoral prometeu não aumentar os impostos e referendar o tratado constitucional europeu, e tentar dizer o contrário, ao mesmo tempo. São igualmente esperados Mário Lino, cujo duplo será um camelo; a Ministra das Educação, acompanhada de um pi; Louça fazendo de duplo dele próprio; Portas, acompanhado de um panda de peluche que encontrou na recepção do Anjo Azul, no Bairro Alto; Jerónimo de Sousa, que utilizará uma técnica nova: fazer três vozes em simultâneo, em homenagem à dialéctica marxista; Manuela Ferreira Leite, que jogará ao sério com o seu próprio boneco; Santana Lopes, que fará dupla com um mini Santana Lopes; Pinto da Costa, que usará uma peça de fruta, embora não se sabendo o tipo. Em resumo, a não perder.

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domingo, 13 de julho de 2008

O estranho caso dos quadros no ebro e do cardeal que sorri

Através do Américo Rodrigues, tive conhecimento de dois factos notáveis e que confirmam o provincianismo reinante na Guarda:

O pintor Rebelo pôs a circular a ideia de que trabalhos seus seriam expostos na Expo de Saragoça, no Dia de Portugal. Seguiram-se desmentidos por parte de quem aquele diz tê-lo convidado, a Associação de Amigos do Museu da Guarda. Mas nunca houve um esclarecimento cabal deste bluff.
O ex cardeal Saraiva de Melo, natural de Gagos, no concelho, aproveitando a passagem à reforma, acabou de editar a sua autobiografia: "Quando a Igreja Sorri, Biografia do Cardeal Saraiva Martins" (sic). A Câmara da Guarda, através do seu Presidente, quis logo associar-se ao evento, comprando mil exemplares da obra.

Em jeito de comentário, direi o seguinte: no segundo caso, há uma clara desproporcionalidade entre a relevância local do prelado e a sua quase beatificação em vida. Que lhe façam uma estátua na sua freguesia, vastos laudos nos jornais locais, ou que a autarquia, por hipótese, apoie a criação de uma casa-museu ou de uma fundação com o seu nome, nihil obstat. Agora que a Câmara participe numa campanha apologética sem o mínimo de distanciamento crítico em relação à obra, já me parece de censurar. Até porque há inúmeros criadores locais que aguardam em vão a atenção da autarquia. O primeiro caso remete para dois vícios recorrentes nos meios com pretensões artísticas da Guarda: a mitomania e a auto-complacência. Ou seja, a ausência de um crivo crítico exigente e universal, a leviandade com que muitos artistas sem formação técnica e académica encaram a sua obra, a inexistência de uma estratégia concertada de avaliação do mérito e apoio dos artistas radicados na cidade.

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sábado, 12 de julho de 2008

Imagens da Guarda

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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Mais uma campanha alegre (1)

Os aprendizes de cacique com discurso provinciano são uma das minhas iguarias favoritas. É claro que não é difícil encontrá-los. Basta ir ao seu habitat natural: uma delegação partidária, uma direcção de uma associação de estudantes, à saída de uma assembleia municipal, no corropio famélico em busca de uma assessoria ou de uma sinecura partidária. Alguns podem mesmo ser encontrados nas colunas dos jornais locais. Depois de muito suor, conseguem alinhar dois parágrafos sem um único erro ortográfico. Um feito notável. Onde debitam resma e meia de lugares comuns para encher o olho (salvo seja) à populaça, naturalmente sequiosa de mais uns artistas que a salvem. Porém, há artistas e artistas. Alguns nem mesmo numa loja gourmet se encontrariam. Pois a fortuna veio em meu auxílio, trazendo-me o créme de la créme desta espécie. Nada mais nada menos do que a última estrela da política de veludo guardense (na feliz designação de Pacheco Pereira para a rede de interesses promíscuos de que se nutre a partidocracia local e autárquica), o apóstolo da nova trilogia: ouvir, dialogar, trabalhar (a parte do "diálogo" traz-me logo à memória não sei o quê, um dejá vu qualquer...bom... adiante!), a grande esperança do PS no distrito da Guarda, o homem que não deixa de frisar que está perto de Lisboa (ouviram bem, meninas e meninos, perto de Lisboa!)... Senhoras e senhores, convosco o camarada José Albano Marques!
I - Comecemos então pelo princípio: sabiam como é que este patusco conseguiu as assinaturas para se candidatar à Federação Distrital? Através do milagre do sangue comunitário. Passo a explicar. Desde Janeiro deste ano, entre os 400 novos militantes do distrito da Guarda inscritos no PS , contam-se "trinta dadores de sangue" e apareceram 18 "a morar na mesma casa". Em relação ao primeiro caso, vamos supor que uma onda de generosidade invadiu 30 cidadãos, que decidiram acampar junto à sede da associação de dadores, disponíveis para qualquer emergência. No entanto, desconheço se foram informados do facto de entre cada dádiva deverem decorrer três meses para os homens e quatro para as mulheres. Mesmo assim, louva-se a sumptuosa solidariedade manifestada por estes bravos. No segundo caso, das duas uma: ou esse grupo de 18 intrépidos cidadãos têm o mesmo grupo sanguíneo e resolveram acampar no mesmo local, para o que desse e viesse; ou são adeptos das experiências comunitárias anos 60 e 70, resolvendo implantá-las num recanto serrano da Beira, podendo tratar-se mesmo de um grupo de squatters criativos, também conhecidos por okupas, acabados de desembarcar num prédio devoluto da região. Mas porquê?, perguntareis vós. Aa razões não são exactamente deste mundo, meus caros: 400 cidadãos, em diferentes coordenadas GPS, receberam em simultâneo uma radiosa e inefável revelação do Divino. Era o Albano, envolto numa aura celestial cor de rosa, assessorado por um arcanjo menor, que servia de ponto. Insinuando a salvação eterna, lá ia indicando aos incréus o caminho da virtude e do futuro, ao mesmo tempo que disponibilizava a ficha de inscrição na congregação. "Milagre! Milagre!", gritavam os escolhidos pela Graça Divina. "Quando preencherem a fichinha, entreguem aqui ao Tony", ouviu-se sussurrar, por fim, com voz melíflua, o ditoso Albano. Por outro lado, 40 dos recém filiados militantes deram como "residência" o mesmo apartado postal, sendo os apartados mais vezes repetidos registados como pertencentes à Associação de Dadores de Sangue da Guarda e ao PS de Celorico da Beira. Para explicar este caso, aplicam-se as hipóteses referidas, podendo ainda tomar-se em consideração outras possibilidades: estes 40 "caloiros" afinal fazem parte de uma seita milenarista, tendo optado por cometer um suicídio em massa, aproveitando os bons ares da região; constituem um grupo de investigadores da lagarta dos pinheiros em trabalho de campo; um retiro espiritual de representantes do príncipe da Transilvânia, mais conhecido como o Drácula dos tótos; são simplesmente clones (ou hologramas) de José Albano Marques.
II - Pois bem, instalados e domiciliados os putativos apoiantes do Albano (seriam todos do tipo O, tipo AB? não se sabe) faltava o corropio habitual para a contagem das espingardas: 1º cativar os caciques de base; 2º trazer para si a inenarrável "J"S, para compôr a tribuna com carinhas larocas e carregar os pianos; 3º cheirar o rabiosque a um naipe escolhido de notáveis retirados ou no activo, bem como aos proverbiais assessores, situados muito pertinho, vá-se lá saber como, de Lisboa. Aliás, vendo bem, em Lisboa mesmo, diria até na zona de S. Bento, no gabinete do Sócrates mesmo mesmo (não é excitante?), a cheirar-lhe mesmo o cuzinho com regularidade, com sofreguidão canina, de modo a que esta cadeia de empatia olfactiva vença distâncias e embaraços, assegure "atenções" futuras, caucione promessas presentes e salvaguarde rabos de palha passados. Um mimo. (continua)

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Imagens da Guarda

Antigo Convento de S. Francisco

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terça-feira, 1 de julho de 2008

Notícias da blogosfera

A blogosfera guardense está em fase estacionária. Não sei se por a web social lhe estar a roubar audiências. Não sei se por causa do abrandamento generalizado do boom blogosférico. Mais perto andaria da verdade se dissesse que a iliteracia funcional que paira sobre a cidade, o triunfo em toda a linha da "vidinha" e o absentismo em relação à acção individual publicamente determinada, ao debate, ao confronto de ideias, à crítica, prejudicam o aparecimento de uma blogosfera pujante, activa e capaz de se unir pontualmente em prol de causas comuns. Portanto, os destaques que aqui farei não se referem propriamente a novidades, mas a confirmações de propostas ou de evoluções positivas da mesma "marca". Pois bem, na área da divulgação cultural, o relevo vai todo para o incontornável "O Homem que sabia demasiado", da autoria de Victor Afonso. Um blogue para quem não quer perder muito tempo e manter-se informado sobre o que vai acontecendo, sobretudo no panorama audiovisual. Nota-se uma constância notável, medida ao longo do tempo. Um local onde a profundidade da análise cede lugar à pertinência, seguindo a tendência dos media tradicionais. Na área da política, saliento "O Egitaniense". Um espaço que me equivoquei ao encará-lo como credível. Sobre notícias com impacto local, destaco a regularidade e a fluidez do "Acidademaisalta". Por outro lado, juntando esses atributos à divulgação do património e das tradições, por via de um naipe de colaboradores de grande qualidade, aconselho o "Capeia Arraiana". Na categoria dos "clássicos", saliento o "Café Mondego", escrito por Américo Rodrigues. Que mantem a regularidade e a discrição a que nos habituou desde a primeira hora. Por outro lado, o "Filosofia de Curral", de Sérgio Currais, sofreu uma evolução francamente positiva. Ao transformar-se de um lugar tímido e esparso num espaço cheio de humor. Onde perpassam os temas favoritos do autor, por via do comentário curto, por vezes desconcertante, outras deveras incisivo, de uma pose nonchalant e do recurso ao absurdo.

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Jornal Cidade Mais
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